Tento encontrar uma página branca
Mas as lágrimas dos galhos da manhã
Borram a tinta de meu caderno
E apagam meu cigarro, lentamente.
Minha vontade é nula,
Eu apenas tenho que contemplar
As palavra indo embora
E deixando marcas de agonia
Em enormes manchas de meu corpo.
Nesta manhã, eu não sou mais palavras.
Apenas esta página branca...
Sem mais de mim,
Os versos também são brancos.
De que adianta especular
E fazer laços com pensamentos?
Neste chão de seixos em silêncio,
O que sacode o mundo
E perfura o crânio dos pássaros,
É a pura simplicidade do meu canto.
Quanto mais simples,
Maçãs simples, melhor.
Posso então sentir,
Pelo silêncio, as palavras.
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