domingo, 13 de dezembro de 2009

... E se inicia a orquestra. O clarinete assumiu como o flagelo principal de uma estrofe encantadora, mas a tuba... A TUBA, berrou até o último expectador sentado no alto de uma montanha do polar antártico que parasse de pensar, sentir, sentir os ramos de quadro pintado por todas as mãos que conduzem os violinos incessantes, como escarros, como pedras fluindo no vagar da imensidão cristalina de textura exatamente igual aos tímpanos perfurando o cérebro do maestro flácido, de gênero semelhante ao acordeon que surpreendeu a todos os compositores clássicos que adormecem hoje no mais agudo espinho da roseira mais fria, tão fria que suas espinhas e dedos começaram a dançar numa frenética espontaneidade de movimentos, distantes e sozinhos em suas respectivas covas, uma na Espanha, outra nas ilhas pacíficas do continente nórdico, outras no vácuo do caminho entre a teia negra e impalpável do espirito de cada músico daquela orquestra vazia e imensamente completa...

Nenhum comentário: