"Aperte, então, forte, minha mão.
Tão perto, perto assim.
Colorido azul, como irmão:
Eu de você, você de mim.
Como cor de camaleão,
Até o chão, chovendo marfim,
A doce pele de teu seio
Vez em quando, sempre, em mim.
Bruta Lua, repleta de canção,
És a presença da pureza.
Essa prata lua de manjeiricão,
Como aroma da morte, com delicadeza.
Tú, Lua linda, mais profunda que tu mesma,
Sobrevoa a janela da manhã,
Derrama-me imenso mel de tristeza,
Inesquecível, como sabor de maçã."
João Miguel, 09/12/08
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