quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Aos Beat Batentes

Eis os cíclicos homnídeos. Peças de argila bascas,
Ébrias da nevasca Dantesca, toscas.
E o verde das folhas e o aço das cascas,
Flutuam nas nuvens Beatnick de Boston.

Já que quero o alcool, de cara,
Kerouac quer o ópio do bico da arara
Onde toca o Carnaval de girinos e tâmaras
Quebrando o tempo e o véu das mascaras.

Ouça o chamado dos babuínos d'aurora
Em chamas de limbo e de erva sonora
O lírio da montanha rompe, sobrevoa, demora, e... e...
E morre na noite onde a lua mora.

O vinho é a hora, e a cor do sangue sangra.
Chá de Ginseng para Ginsberg, e mantra.
O manto de madeira rola sobre Burroughs
E o não-materialismo das poltronas de Clélio.

Espanto a todos os malditos não nascidos,
Que virão depois de mim, perpetuar a maldição.
Que saibam, são eles todos merecidos
Do licor dos versos que provoca solidão.