terça-feira, 28 de outubro de 2008

Outonão

Foi no entardecer de um verão moribundo,
Aparentemente muito normal, que floreceu
E logo, de súbito, feneceu, o fruto embrionário
Do calor dos sóis universal.
Desse embrião chamado Outono,
A vida veio receosa e letal.

E o frio dos tetos baixos, no inverno,
Inda é uma chama que se extingui cálida
E lentamente. Vivendo completamente
Seu fogo interno.

Lembrei-me da pedra lisa na fogueira
Vaporizando um café camponês:
Estimulantemente amigo.
Nestes dias de cores esvaídas,
Três tentativas de saída à beira,
E o fruto da escuridão regurgitou-se,
Fraco e tenso, cego em minhas tripas macias.

Sob a cama olhei um retrato de gente já morta,
No qual, segundo os sóis da noite,
Estava uma carta secreta para mim.
A receita da seiva quer ser criada!
E consumida em forma de sumo doce!
Nenhuma nuvem, nem ave ou castor
Puderam consolar-me naquele instante.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O Sólido

Na abstração
Do sólido
Nestes termos:
Nome da Vida:
Corte
Nome da Morte:
Nada
Nome do Nada:
Tudo
Nome do Tudo:
Eu.
Eu tenho o nome que tenho
E por este nome
Muitos orgãos não respondem.
Meu pulmão esvaziará,
Meu coração há de parar,
Minha mente cairá
Numa dormência inevitável.
Meu ego desistirá,
Meu tempo se esgotará
E iniciará sua contagem oposta.
Meus olhos não mais exergarão
Nem mesmo, naturalmente, a escuridão.
O nome da vida?
Morte.
A Morte,
Fecho do Corte.
No tempo, sabe-se,
Não há Norte,
Sul ou Sorte.
Nome da Morte?
Vida.
Balançeada
Equilíbra:
Vida, Corte.
Nada, Morte.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A poesia subconsciente é, após muitas reflexões sob campos estrelados, uma espécie de ponto central entre o que nosso pensamento propõe ser "racional" e "irracional". Acontece que, a fim de extrair uma pureza poética que satisfaça sua emoção, esse
A poesia subconsciente é, após muitas reflexões sob campos estrelados, uma espécie de ponto central entre o que nosso pensamento propõe ser "racional" e "irracional". Acontece que, a fim de extrair a pureza poética, o caminho certo é
A poesia subconsciente é, após muitas reflexões sob campos estrelados, uma espécie de ponto central entre o que nosso pensamento propõe ser "racional" e "irracional". Acontece que, a fim de
A poesia subconsciente é, após muitas reflexões sob campos estrelados, uma espécie de ponto central entre o que nosso pensamento propõe ser "racional" e "irracional"
A poesia subconsciente é, após muitas reflexões sob campos estrelados, uma espécie de ponto central entre o que nosso pensamento propõe ser "racional" e "irracional
A poesia subconsciente é, após muitas reflexões sob campos estrelados, uma espécie de ponto central entre o que nosso pensamento propõe ser
A poesia subconsciente é, após muitas reflexões sob campos estrelados, uma espécie de ponto central entre o que nosso pensamento propõe ser "racional" e "irracional". Acontece que, a fim de extrair uma pureza poética que satisfaça a emoção do poeta, esse ponto possui
A poesia subconsciente é, após muitas reflexões sob campos estrelados, uma espécie de ponto central entre o que nosso pensamento propõe ser "racional" e "irracional". Acontece que, a fim de extrair uma pureza poética que satisfaça a emoção do poeta, esse ponto
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A poesia subconsciente é, após muitas reflexões sob campos estrelados, uma espécie de ponto central entre o que nosso pensamento propõe ser "racional" e "irracional". Acontece que, a fim de extrair uma pureza poética que satisfaça a emoção do poeta, esse ponto
A poesia subconsciente é, após muitas reflexões sob campos estrelados, uma espécie de ponto central entre o que nosso

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O Assassinato do Carvalho

Descendo meus passos
Avenida branca abaixo
Sob o olhar das nuvens
Do matutino dia,
De encontro vejo cacos
De um corpo vivo,
Que morto - acredito -
Certamente não estaria.
Foi como se todo o verde daquelas copas
Decidisse nascer neste dia
Com a mesma missão:
Brilhar suas cores para sua irmã,
Despedaçada no chão.
Bandidos...
Patifes covardes...
Meus pés levitaram
Sob um véu de pérola
Que seu espectro, pairando no ar, expelia.
Agora morta logo tornar-se-á outono...
E o inverno sua dor amenizaria.
Um inverno eterno e infinito.
O Sol,
Astro materno,
Está escrito,
Ao muito doce paladar lhe convertia.
O mesmo sol
Que clareava os sons moribundos dos galhos
E rugia seu raio perfurante
Para o meio de seu corpo...
Um tombo...
E eu não pude impedir... foi por pouco.
Seguirei em frente meu caminhar?
Creio que prefiro
Sentar-me imóvel onde estou,
Por completo de resguardo.
Ao meio-dia
O Sol e o Verde perderam a cor,
E o meu dia
Faleceu
Dolorosa
E delicada-
Mente
Mais
Cedo.