"Já que eu não posso te levar, quero que você me leve."
Lõbão
terça-feira, 23 de junho de 2009
Sérgio
Esse amigo meu que te conto
É artista, joga baralho e toca tuba.
Não se preocupe se perder o bonde,
Esse ai é um garoto da mata, da noite, de cuba.
Esse cara é a cara de todo mundo.
Minha cara, tua cara, cara de tudo,
Até cara de pau se preciso
Pois nesse mundo o preciso não é tudo
Só o respeito acima do recado:
Esse cara é uma benção,
Vinda lá do outro lado.
É artista, joga baralho e toca tuba.
Não se preocupe se perder o bonde,
Esse ai é um garoto da mata, da noite, de cuba.
Esse cara é a cara de todo mundo.
Minha cara, tua cara, cara de tudo,
Até cara de pau se preciso
Pois nesse mundo o preciso não é tudo
Só o respeito acima do recado:
Esse cara é uma benção,
Vinda lá do outro lado.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Poema de Vinho
Rubores desta página manchada
São canções do descontexto.
São como ruas de flor cálida,
Como eu, amando sem nenhum pretexto.
Penso, aliás, se estas uvas engarrafadas
Ousarão expurgar minha dor aos ventos?
Sob a prata intercalada,
Terão lido meus lamentos?
Alvo de fúria desregrada,
Sobre a fátua pérola de minha nuca,
Outra pedra tornou-se bruta
No canto da noite, em mim sulcada.
A minha falta de ira goza, em maio,
Subitamente, sua falta de pejo.
Das frias pradas do oriente entalho
Estas palavras trazidas no ensejo.
São canções do descontexto.
São como ruas de flor cálida,
Como eu, amando sem nenhum pretexto.
Penso, aliás, se estas uvas engarrafadas
Ousarão expurgar minha dor aos ventos?
Sob a prata intercalada,
Terão lido meus lamentos?
Alvo de fúria desregrada,
Sobre a fátua pérola de minha nuca,
Outra pedra tornou-se bruta
No canto da noite, em mim sulcada.
A minha falta de ira goza, em maio,
Subitamente, sua falta de pejo.
Das frias pradas do oriente entalho
Estas palavras trazidas no ensejo.
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